"Sing! My angel of music..."

Friday, February 16, 2007




"FÁCIL É JULGAR PESSOAS QUE ESTÃO EXPOSTAS PELAS CIRCUNSTÂNCIAS. DIFÍCIL É ENCONTRAR E REFLETIR SOBRE SEUS ERROS, OU TENTAR FAZER DIFERENTE ALGO QUE JÁ FEZ MUITO ERRADO.... E É ASSIM QUE PERDEMOS PESSOAS ESPECIAIS."
(Drummond de Andrade )

Monday, February 12, 2007

História de Uma Gata





"... De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria....

...Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio..."


Os Saltimbancos / Chico Buarque

Friday, February 09, 2007

Eternamente Grata ...

Jesus à:


Maria de Magdala

“... Geralmente, um homem deseja ser bom como os outros, ou honesto como os demais, olvidando que o caminho onde passam é de fácil acesso e de marcha sem edificações. A virtude no mundo foi transformada na porta da conveniência própria. Há os que amam os que pertencem ao círculo pessoal, os que são sinceros com seus amigos, os que defendem seus familiares, os que adoram os deuses do favor. O que verdadeiramente amam, porém, conhece a renúncia suprema a todos os bens do mundo e vive feliz na sua senda de trabalhos para o difícil acesso às luzes da redenção. O amor sincero não exige satisfações passageiras, que se extinguem no mundo com a primeira ilusão; trabalha sempre, sem amargura e sem ambição, com os júbilos do sacrifício. Só o amor que renuncia sabe caminhar para a vida suprema...”

“... Na tua condição de mulher, já pensaste no que seria do mundo sem as mães exterminadas no silêncio e no sacrifício. Não são elas as cultivadoras do jardim da vida, onde os homens travam a batalha?!...Muitas vezes, o campo florescido se cobre de lama e de sangue; entretanto, na sua tarefa silenciosa, os corações maternais não desesperam e reedificam o jardim da vida, imitando a Providência Divina, que espalha sobre um cemitério os lírios perfumados do seu amor...”

“... Quanto ao futuro, com o infinito de suas perspectivas, é necessário que cada um tome sua cruz, em busca da porta estreita da redenção, colocando acima de tudo a fidelidade a Deus e, em segundo lugar, a perfeita confiança em si mesmo... – Vai, Maria!... Sacrifica-te e ama sempre. Longo é o caminho, difícil a jornada, estreita a porta; mas, a fé remove os obstáculos... Nada temas: é preciso crer somente!”

Santa Ceia

“... Eles compreenderam que para atingirem a porta estreita da renúncia redentora hão de encontrar, muitas Vezes, o abandono, a ingratidão e o desentendimento dos seres mais queridos. Isso revelará a necessidade de cada qual firma-se no caminho para Deus, por mais espinhoso e sombrio que ele seja...”.

“... Esta muito próximo o nosso último instante de trabalho em conjunto e quero reiterar-vos as minhas recomendações de amor, feitas desde o primeiro dia de apostolado. Este pão significa o banquete do evangelho; este vinho é sinal de espírito renovador dos meus ensinamentos. Constituirão o símbolo de nossa comunhão perene, no sagrado idealismo da Verdade e do Amor, com que operemos no mundo até o último dia. Todos os que partilharem conosco, através do tempo, desse pão eterno e desse vinho sagrado da alma, terão o espírito fecundado pela luz gloriosa do Reino de Deus, que representa o objetivo santo dos nossos destinos...”

“... Vós me chameis de Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu, Senhor e Mestre, vos lavo os pés, deveis igualmente lavar os pés uns dos outros no caminho da vida, pq no Reino do Bem e da Verdade o maior será sempre aquele que se fez sinceramente o menos de todos...”.

“... O velho pescador não concordava com semelhante ato de extrema submissão. E, chegada a sua vez, obtemperou, resoluto:
Nunca me lavareis os pés, Mestre; meus companheiros estão sendo ingratos e duros neste instante, deixando-vos praticar esse gesto, como se fôsseis um escravo vulgar.
Em seguida a essas palavras, lançou à assembléia um olhar de reprovação e desprezo, enquanto Jesus lhe respondia: - Simão, não queiras ser melhor que os teus irmãos de apostolado, em nenhuma circunstância da vida ...”

“... Não posso seguir-vos? Acaso, Mestre, podereis duvidar de minha coragem? Então, não sou um homem? Por vós darei a minha própria vida. O Cristo sorriu e ponderou: - Pedro, a tua inquietação se faz credora de novos ensinamentos. A experiência te ensinará melhores conclusões, porque, em verdade te afirmo que esta noite o galo não cantará sem que tenhas me negado por três vezes. – Julgai-me então, um espírito mau e endurecido a esse ponto? Indagou o pescador se sentindo ofendido.
- Não, Pedro adiantou o Mestre, com doçura, não te suponho ingrato ou indiferente aos meus ensinos. Mas vais aprender, ainda hoje, que o homem do mundo é mais frágil do que perverso...”

Maria

“... Maria deixava-se infinda das lembranças. Eram as circunstâncias maravilhosas em que o nascimento de Jesus lhe fora anunciado, a amizade de Isabel, as profecias do velho Simeão, reconhecendo que a assistência de Deus se tornará incontestável nos menores detalhes da vida. Naquele instante supremo, revia a manjedoura, na sua beleza agreste, sentindo a Natureza parecia desejar redizer aos seus ouvidos o cântico da glória daquela noite inolvidável. Através do véu espesso das lágrimas, repassou, uma por uma, as cenas da infância do seu filho estremecido, observando o alma interior das mais doces reminiscências.
Nas menores coisas, reconhecia a intervenção da Providência celestial; entretanto, naquelas horas, seu pensamento vagava também pelo vasto mar das aflitas interrogações...”

“... Foi quando o hóspede anônimo lhe estendeu as mãos generosas e lhe falou com profundo aceno de amor: -“ Minha mãe, vem aos meus braços!”.
Neste instante fitou as mãos nobres que se lhe ofereciam, num gesto de mais bela ternura. Tomada de comoção profunda, viu nelas duas chagas, como as que seu filho revelava na cruze, instintivamente, dirigindo o olhar ansioso para os pés do peregrino amigo, divisou também aí as úlceras causadas pelos cravos do suplício. Não pode mais. Compreendendo a visita amorosa que Deus lhe enviara ao coração, brandou com infinita alegria....”
“- Sim minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos...”

“... Experimentando a sensação de estar afastando do mundo , desejou rever a Galileia...Maria se aproximou de um a um participou de suas angustias e orou com suas preces, cheias de sofrimento e confiança. Sentiu-se mãe daquela assembléia de torturados pela injustiça do mundo. Espalhou claridade misericordiosa de seu espírito entre aquelas fisionomias pálidas e tristes. Eram anciões que confiavam no Cristo, mulheres que por ele haviam desprezado o conforto do lar, jovens que depunham no Evangelho do Reino toda a sua esperança. Maria aliviou-lhes o coração e, antes de partir, sinceramente desejou deixar-lhes nos espíritos abatidos uma lembrança perene. Que possuía para lhes dar? Deveria suplicar a Deus para eles a liberdade?! Mas, Jesus ensinara que com ele todo jugo é suave e todo fardo seria leve, parecendo-lhe melhor a escravidão com Deus d que a falsa liberdade nos desvãos do mundo. Recordou que seu filho deixara a força da oração com um poder incontrastável entre os discípulos amados. Então, rogou ao Céu que lhe desse a possibilidade de deixar entre os cristão oprimidos a força da alegria. Foi quando, aproximando de uma jovem encarcerada, de rosto descarnado e macilento, lhe disse ao ouvido:


“Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo... Convertamos as nossas dores da Terra em alegrias para o Céu...”

BOA NOVA ....

Agradeço a Deus e aos Céus por sempre estarem comigo e nunca me deixarem cair em solidão e desespero, no auge de minhas inflamações e aflitas interrogações tu não me abandonas em nenhum momento. No momento de maior renegação tu vem e enches meu coração de Amor e Luz, para que eu nunca me esqueça dos desígnios celestes.
Muito obrigada, muito obrigada, muito obrigada...
E para aqueles que me praguejaram lhe desejo respeito pelos seus profundos sentimentos, compreensão e amor para que este possa frutificar ao seu semelhante e nós levar a um caminho de luz e maior compreensão e que um dia possamos viver num mundo de compreensão celestial e Amor Maior.

Obrigada Deus!
Obrigada Mãe!

Eternamente grata,

Sua Filha,

Hérika Teixeira
(tomada de comoção profunda...)



Wednesday, February 07, 2007

Sonhos















" Como se fosse a primeira vez..."




"Duas pessoas exteriormente separadas estão unidas no coração. Embora entristecidas pelos obstáculos que as separam, permanecem fiéis uma à outra. Apesar de tudo e mesmo à custa de grandes lutas, elas vencerão e no fim estarão juntas. Então a tristeza se transformará em alegria..."



But I will still tell you one thing
We’re better together
Jack Johnson



Nossos sonhos são o óleo que faz com que a engrenagem da nossa vida funcione.
Sonhando, corremos o risco de cair do alto um dia; sem sonhos, nunca chegaremos a subir a lugar nenhum.
Quem não sonha, não vive; quem não sonha, perde toda a esperança de ver qualquer futuro para si mesmo; quem não sonha, morre antecipadamente, morre em vida.
Quem não sonha, não gosta de por-do-sol, não toma tempo para olhar as estrelas, deprime e não vê as inúmeras possibilidades que a vida nos oferece para que sejamos felizes.
Melhor pensar que vai ser melhor amanhã do que ficar remoendo as dores presentes; melhor acreditar que o mundo pode ser justo e bom, que ainda existe gente boa e feliz, do que ficar vendo coisas negativas em toda a parte.
Acreditar no amor, não é um sonho. É acreditar em algo possível.
Porque o amor nunca é um sonho, mesmo se nos faz sonhar; o amor é algo palpável e que dá sentido à nossa vida.
Sonhar que podemos ter uma vida diferente no futuro é apenas o primeiro passo na direção desse mesmo sonho.
Enquanto o vemos, vamos atrás dele e tudo fica infinitamente mais leve e mais fácil no presente; as cargas tornam-se menos pesadas, pois temos nossas mentes voltadas para algo mais bonito e não ficamos sentindo pena de nós mesmos.
Sabemos que muito pior que sentir pena dos outros, é sentir pena de si mesmo. Foram grandes sonhadores, idealistas, que mudaram a face do mundo.
É preciso que pessoas assim continuem a existir.
Podemos não ser grandes revolucionários no mundo, mas podemos tentar ser os revolucionários da nossa própria vida.
Cabe a nós fazer alguma coisa. Só a nós!
Quem sonha, mantém a vida em movimento, num eterno passo na direção que nos aponta nosso grande Criador.
Quem sonha voa, corre, experimenta a vida, faz todas as coisas tornarem-se possíveis; nos sonhos pode-se ser rainha, rei, cinderela, rico, feliz ou simplesmente amado de amor infinito.
É uma experiência enriquecedora.
Então, escolha você mesmo o que você quer ser.
Depois, acredite firme nisso...





Dracul de Francis Ford , 1992

"Seu templo é a própria natureza viva, seu altar é seu coração, sua espada é sua mente, seu manto é sua alma, sua coroa é seu espírito, o Verbo é sua palavra. Os movimentos originais da natureza, de seu coração, de seu sangue e de sua mente compõem seu ritual."

Que é Éter Primordial?







(…) Então, podemos começar por dizer que o éter é um dos 5 elementos. Podemos dizer que é o 5º elemento. Há a terra, o ar o fogo e a água.
São os 4 elementos que estão nivelados no plano físico. Eles são 4 grandes reinos de materialização, de matéria e eles presidem a tudo o que se manifesta aqui no plano físico. Depois temos o éter e ele não é uma substância material, não é uma substância do plano físico. O éter está um bocadinho acima, como se fosse um vértice de uma pirâmide com uma base quadrada: tem os 4 elementos e depois tem o éter.
O éter preside aos outros 4. Então, é como se fosse uma cadeia, uma estrutura de sequência. E o éter também não é uma substância totalmente espiritual. Ele está a meio caminho, entre o plano físico e o plano espiritual. Faz a ponte entre os mundos, mesmo em termos de estrutura de Luz, de estrutura divina e que mostra como as coisas funcionam.
Elas são concebidas no plano espiritual, depois elas programam o éter, o éter começa a fazer o trabalho dele, toma contacto com os vários elementos e depois nós temos a materialização no plano físico
(...)O éter primordial tem conexão com a matriz original para o plano físico, para a criação. Então nós podemos dizer que o éter actual não corresponde totalmente à forma como foi concebido por Deus.(...)
Mas o éter primordial continua a existir, ou seja, o éter que foi criado originalmente, no Começo, ele continua a existir.(...)

Oração das Fadas




Espírito de sabedoria, cujo sopro dá e retorna a forma de todas as coisas;
tu, diante de quem a vida dos seres é uma sombra que muda e um vapor que passa;
tu que sobes às nuvens e que caminhas nas asas dos ventos;
tu que expiras, e os espaços sem fim são povoados;
tu, que aspiras, e tudo o que de ti vem a ti volta:
movimento sem fim na estabilidade eterna, sê eternamente bendito.
Nós te louvamos e te bendizemos no império móvel da luz criada, das sombras,
dos reflexos e das imagens, e aspiramos incessantemente à tua imutável e imperecível claridade. Deixa penetrar até nós o raio da tua inteligência e o calor do teu amor:
então o que é móvel ficará fixo, a sombra será um corpo,
o espírito do ar será uma alma, o sonho será um pensamento.
E nós não seremos mais arrastados pela tempestade, porém seguraremos as rédeas dos cavalos alados da manhã e dirigiremos o curso dos ventos da tarde, para voarmos diante de ti.
Oh espírito dos espíritos, Oh alma eterna das almas, Oh sopro imperecível de vida,
Oh suspiro criador, Oh boca que aspiras e expiras a existência de todos os entes, no fluxo e refluxo da tua eterna palavra, que é o oceano divino do movimento da verdade.

O amor é a unica realidade verdadeira

O amor é a única realidade verdadeira. Por isso, é tão importante encher a vida de amor. Tudo o que fazemos na vida é buscando amor. O amor é Deus.
É a experiência do sagrado. Tudo o que fazemos é por amor. O amor é a constatação vivencial de que todos somos um só ser. Aparecemos sob disfarces, mas nossa essência é a mesma. É a consciência da nossa natureza que nos permite dar e receber amor livremente.
Quem partilha da certeza da unidade, do profundo entendimento de que somos um só, não fere E nem é ferido.Só experimenta amor, êxtase, alegria. Santo Agostinho disse:
"Estou apaixonado pelo amor”.
Quanto mais se ama, intensa e incondicionalmente, mais se recebe amor. O retorno é diretamente proporcional na mesma medida. É muito fácil encher a vida de amor: se você quer mais amor, dê mais amor.
O universo funciona por uma dinâmica de troca - dar e receber são apenas aspectos diferentes do fluxo de energia do universo.Quando decidimos distribuir aquilo que estamos procurando - amor -, fazemos com que ele circule em nossas vidas e no mundo.
O amor que damos aos outros é a garantia de que sempre o receberemos. Enquanto estivermos dando amor, não precisamos nos preocupar em obter o que desejamos.
Ele virá. >>>>Ele virá, PODE TER CERTEZA
Deepak Chopra






“…And if you hear me talking on the wind

You've got to understand
We must remain
Perfect Strangers…”


“...Existem sentimentos que palavras não explicam.Que frases não justificam.
Que livros não argumentam...
Existem coisas que só o coração sabe como lidar...”



Perfumes Sagrados





A origem da palavra "perfume" deriva do latim "Per" (através) e "fumus" (fumo) - indicando claramente que foi, em principio, exalado por resinas queimadas no incenso.
Desde tempos imemoriais, perfumes e o incenso têm sido usados em festas religiosas de coroação de druidesas com verbena e outras ervas sagradas, ungindo os sacerdotes com óleo sagrado perfumado e estimulando a criação de uma atmosfera devocional nos santuários.
Sabia-se que os óleos usados nas pessoas ajudavam ao indivíduo, e que o incenso quando queimado tinha o poder de atrair anjos ou reservas beneficentes da natureza. Além disso, possuía o poder de repelir espíritos malignos. Conseqüentemente, os antigos, em sua sabedoria, fizeram dele uso abundante nos seus rituais - tanto para atrair boas influências, quanto para exorcizar as más.
A história revela uma relação perpétua entre o incenso e as observâncias religiosas de todas as épocas. Dos povos mais primitivos aos altamente cultos de cada país e civilização, alguma forma de incensamento ritualístico, simbolizando um sacrifício espiritual e uma oferenda de aspirações dos devotos aos seus deuses, tem sido incluída nas práticas religiosas.
Felizmente, alguns dos papiros de uma das mais antigas civilizações - o Egito - sobreviveram aos séculos e elucidaram muitas das práticas espirituais e rituais religiosos daqueles tempos. O incenso era aparentemente uma parte vital dos seus rituais e era preparado com o máximo cuidado e precisão foi do Egito que, pela primeira vez, nos chegou a ciência do incensamento.
O incenso sacro egípcio, chamado "kyphi", era feito de uma fórmula especial. Preces e encantamentos eram utilizados durante a mistura dos ingredientes para impregnar o material com os poderosos pensamentos dos sacerdotes, sendo uma tarefa de particular importância - os sacerdotes escolhidos para cultivar as árvores e plantas sagradas (das quais se fazia o incenso) viviam uma vida de pureza e austeridade para cumprir sua, tarefa espiritual com perfeição.
Seu cuidado, carinho e reverência eram imensos, pois acreditavam que as plantas vivas se beneficiavam das atenções e radiações dos seres humanos - um fato que hoje está sendo provado por cientistas e botânicos modernos (vide Máquina de Kirlian).
Os árabes por sua vez, extraíram seus conhecimentos sobre os efeitos do incenso, do Antigo Egito e rapidamente desenvolveram o uso de perfumes e óleos em uma arte altamente evoluída até hoje conhecida e cultuada.
Resinas, gomas e especiarias eram utilizadas no embalsamamento, fumigação e medicina na Pérsia, Iraque e Arábia, onde eram queimadas nas piras funerárias, em casamentos e em outras celebrações (batismos, funerais e festas religiosas). Era um costume enraizado na vida diária do povo.
O incenso cumpriu um papel importante nas práticas religiosas e rituais místicos da antiga Babilônia, Pérsia, Turquia, Síria e Arábia - e parece ter sido deste último país que o seu conhecimento chegou à Europa, onde caravanas de incenso tornaram-se cada vez mais populares. O uso abundante do incenso na Corte e na Igreja tornou-se um símbolo de poder e riqueza e gradativamente os perfumes tornaram-se conhecidos e utilizados por todas as culturas clássicas da Europa.
Hipócrates, Críton e outros médicos-filósofos consideraram os perfumes como uma ajuda vital nas terapias de cura e classificaram-nos como medicamentos, receitando-os para tratamento, especificamente nos casos de problemas nervosos de vários tipos. A "História Natural" de Plínio cita numerosos perfumes florais para serem usados como remédios naturais.
O filósofo grego Theofrasto acreditava que algumas doenças tornavam-se mais agudas pelo uso da inalação de perfumes estranhos à natureza da pessoa, sendo então necessário um perfume equilibrante para a cura.
Diz ele que naquela época 200 a.C. - o perfume da rosa foi elaborado mergulhando-se as flores em vinho doce, indicando que havia uma experimentação na arte da destilação e um interesse vital em óleos essenciais.
No pensamento grego os perfumes eram associados com os imortais, e acreditava-se que o seu conhecimento chegou ao homem através da indiscrição de Aeone (na mitologia, uma das ninfas de Afrodite).
Os romanos representavam mais o aspecto positivo ou masculino da cultura de seu tempo, não tendo se utilizado muito dos aromáticos, até que seus hábitos e gostos foram eventualmente influenciados pelo contato com os gregos.
Os hebreus eram familiarizados com o uso do incenso e óleo de ungimento sacro, que se dizia serem compostos de mirra, canela doce, cálamo, cássia e óleo de oliva. Seu incenso foi introduzido por Ordem Divina "Deveis construir um altar para queimar incenso sobre ele... e Aarão deverá queimar ali incenso todas as manhãs". Queimar incenso nas rezas permaneceu um costume através dos séculos.
Velas perfumadas foram usadas na época de Constantino e sem dúvida, o incenso também, mas não, de modo algum, na Igreja Cristã antes do século IV. Daí então sua popularidade no ritual da igreja cresceu regularmente até que - aproximadamente no século XVI - óleos aromáticos e resinas foram aceitos como necessários para o uso no incenso, nas igrejas e nas capelas privativas dos soberanos. As rotas comerciais entrem a Europa e o Oriente traziam tanto do precioso incenso, essencialmente o sândalo, que se tornaram conhecidas como as "trilhas de sândalo".
O incenso era conhecido e empregado pelo povo das antigas dinastias chinesas para exorcizar maus espíritos de pessoas possuídas por entidades demoníacas - pessoas em dificuldades mentais similares àquelas muitas que se encontram hoje em casas de saúde, clínicas psicoterapêuticas e hospitais. O incenso era queimado para purificar a atmosfera e livrar o ambiente de qualquer espírito que estivesse assombrando ou perturbando uma casa particular. Além desses propósitos, os chineses eram tão conhecedores quanto os egípcios no seu uso do incenso nas cerimônias religiosas e deliciavam-se com o uso de outras fragrâncias exóticas existentes no Oriente. Parecem ter utilizado como ingredientes de seu incenso, o sândalo, o almíscar (musk) e flores como o jasmim. Sabe-se que Confúcio teria elogiado o incenso e recomendado o seu uso.
O uso do incenso na índia é encontrado em todos os antigos registros daquele pais, e a origem e os propósitos do incensamento foram transmitidos desde os mais remotos tempos do começo da cultura indiana até os nossos dias - ainda hoje é o primeiro pais do mundo na sua produção. São muito utilizados os incensos feitos com óleos de rosa, jasmim, pandang, champac, patchouli, sândalo, cipreste e outro cada um criando um efeito distinto para o ritual religioso e para o uso pessoal caseiro. A poesia indiana. É generosamente salpicada de descrições das divinas nuvens de exóticos perfumes, que eram sempre associados a seus deuses. O costume da queima de incenso era comum em todos os templos da maior parte das religiões e seitas da índia. Os adoradores do fogo, os Zoroastrianos, são representados na índia pelos Parais, que cuidam ritualisticamente de seu fogo sagrado e queimam incenso em forma de sacrifício, regularmente durante o dia.
Os aztecas usavam incenso nos ritos processionais e em sacrifícios, festivais e festas. Seu deus Quetzalcoatl teria se deliciado nos perfumes aromáticos e incensos onde eles usavam a resina copal, juntamente com uma planta rara, que se supõe induzia nos devotos estados de consciência semelhantes a um transe.
Parece que o incenso foi usado também pelos anglo-saxões - é certo que muitos ingredientes perfumados foram utilizados em muitos dos ritos pagãos e festivais de adoração da natureza.
O incenso foi gradualmente incorporado no ritual eclesiástico em todos os lugares, tendo permanecido até os dias de hoje na maioria das igrejas onde antigas cerimônias são ainda celebradas. Aqueles que são sensíveis à atmosfera podem sentir o aumento do poder espiritual trazido até nós com a ajuda do ritual de incensamento.
Podemos concluir que nos tempos antigos o uso de perfumes era uma arte cultivada, usada para realçar seu deleite e apreciação da própria vida.
Foi também usado na santificação dos locais espirituais de adoração, para tornar cientes a todos da presença dos deuses e para lembrá-los das grandes forças naturais que aqueles deuses simbolizavam.
Os incensários estavam continuamente acesos nas casas e prédios, assim como nos jardins e arvoredos e aos pés das estátuas - servindo para lembrarmos constantemente da eterna presença das Deidades.



Esse texto foi extraído de
"A GUIDE TO THE PRACTICAL USE OF INCENSE"
de Sally E. Jsnasen,
publicado pela Triad Library and Publishing Company

Você pode ter sido abandonado, mas nunca soube disso...





Quantas vezes, ainda que na presença de alguém, temos a nítida sensação que em qualquer momento podemos ser abandonados?
Quantas vezes, diante de um atraso, sentimos verdadeiro pânico? Quantas vezes nos desesperamos diante da possibilidade da pessoa amada nos deixar?Quem viveu o abandono durante a infância, pode sentir um medo incontrolável de ser deixado, procurando evitar a todo custo ser abandonado novamente.
Quando falamos de abandono, não é apenas em casos em que uma criança é literalmente abandonada por seus pais, a quem se espera ser amada e cuidada; mas aquelas que são abandonadas através da negligência de suas necessidades básicas, da falta de respeito por seus sentimentos, do controle excessivo, da manipulação pela culpa, ainda que ocultos, durante a infância. Crianças abandonadas, psicológica ou realmente, entram na vida adulta, com uma noção profunda de que o mundo é um lugar perigoso e ameaçador, não confiando em ninguém, nem em si mesma.
O abandono está diretamente relacionado com situações de rejeições registradas na infância e que pode se intensificar durante toda a vida, principalmente quando se vivencia outras situações de rejeição e/ou abandono. Cada vez que vivenciamos situações de perda é como se estivéssemos revivendo a situação original de abandono, do qual dificilmente se esquece.
Podemos sim, reprimir, fugir desses sentimentos, mas raramente conseguimos lidar sem sofrimento diante de qualquer possibilidade de perda e/ou rejeição. Quando somos rejeitados em nosso jeito de olhar, expressar, falar, comer, sentir, existir, não obtendo reconhecimento de nosso valor, principalmente quando somos crianças, é inevitável que se registre como abandono, pois de alguma maneira, ainda que inconsciente, abandonamos a nós mesmos para nos tornarmos quem esperam que sejamos.
Sente-se abandonado quem não se sentiu acima de tudo amado e isso pode ser sentido antes mesmo de nascer, ainda no útero materno. Pais que rejeitam seu filho durante a gestação podem deixar muitas seqüelas, em nós, adultos. Toda criança fica aterrorizada diante da perspectiva do abandono. Para a criança, o abandono por parte dos pais é equivalente à morte, pois além de se sentir abandonada, ela mesma se abandona.
Falso self
Conforme percebemos, consciente ou inconscientemente, e ainda muito pequenos, que a maneira com que agimos não agrada aos nossos pais, vamos tentando nos adequar ou adaptar nosso jeito de ser, e aos poucos vamos nos distanciando de quem somos de verdade, agindo de maneira a sermos aceitos. É quando começamos a desenvolver o que chamamos de um falso self. Há um estado de incomunicação consigo mesmo, gerando uma sensação de vazio.
O falso self é um mecanismo de defesa da personalidade, mas que dificulta o encontro com o self verdadeiro. É muito comum crianças que cresceram em famílias com algum desequilíbrio, proveniente do alcoolismo, agressividade, maus-tratos, ou qualquer outro tipo de abuso, tenha sofrido a negação de seu verdadeiro eu. Crianças que sofreram em silêncio, sem chorar... ou como alguns relatam: "chorando por dentro", podem aprender a reprimir seus sentimentos, pois uma criança só pode demonstrar o que sente quando existe ali alguém que a possa aceitar completamente, entendo-a e dando-lhe apoio, o que nesses casos, raramente acontece. Pode acontecer dessa criança desenvolver-se de modo a revelar apenas o que é esperado dela, dificilmente suspeitando, o quanto existe de si mesma, por trás das máscaras que teve que criar para sobreviver.
Alguns pais, inconscientemente, numa tentativa de encobrir sua falta de amor - o que é muito comum, por mais que seja assustador para alguns - declaram muitas vezes seu amor pelos filhos de forma repetitiva e mecânica, como se precisassem provar para si mesmos seu amor, onde as crianças sentem que suas palavras não condizem aos seus verdadeiros sentimentos, podendo gerar uma busca desesperada por esse amor, cuja busca pode se estender durante toda a vida. Ficar só para essas pessoas pode ser uma defesa para evitar novamente o abandono, gerando um conflito constante entre a necessidade de ser cuidado e o medo de ser abandonado.
È muito comum à criança se sentir abandonada em famílias muito numerosas, onde há muitos irmãos, e os pais não conseguem dar atenção igual a todos. Ou quando os pais constantemente estão ausentes pelos mais diferentes motivos, sejam em função do trabalho excessivo, viagens, doenças, internações constantes, ou até pela dificuldade em cuidar de uma criança, não conseguindo fazer com que se sinta amada nem desejada naquela família.A sensação de ter valor é essencial à saúde mental. Essa certeza deve se obtida na infância. Por isso que o tempo e a qualidade do tempo que os pais dedicam aos seus filhos indica para elas o grau em que os pais as valorizam. Por outro lado, a criança que é verdadeiramente amada, sentindo-se valiosa quando criança aprenderá a cuidar de si mesma de todas as maneiras que forem necessárias, não se abandonando quando adulta.
A maneira com que nos cuidamos quando adultos, muitas vezes reflete a maneira com que fomos cuidados quando crianças.Assim como, crianças que passaram maior parte de seu tempo com pessoas que eram pagas para cuidar delas, em colégio interno, distante de seus pais, não recebendo amor verdadeiro, mesmo tendo tudo que o dinheiro pode comprar, poderão ser adultos como qualquer outra criança que tenha vindo de um lar caótico e disfuncional, crescendo, sentindo-se pouco valiosa, não merecedora do cuidado de ninguém, podendo ter muita dificuldade em cuidar de si mesma. Ou seja, a maneira com que nos cuidamos quando adultos, muitas vezes reflete a maneira com que fomos cuidados quando crianças.
Precisamos chegar a ponto de perdoar aqueles que de alguma forma nos abandonaram ou que nos causaram uma dor profunda. Para alguns, essa é uma tarefa fácil, mas temos que admitir que para outros, pode ser praticamente impossível. Como perdoar um pai bruto, que o fazia trabalhar desde muito pequeno ou pedir dinheiro, do qual depois consumia em jogos e bebidas? Como perdoar um pai que abusou sexualmente da filha, psicologicamente do filho? Como perdoar uma mãe que trancava os filhos no armário ou no quarto do lado enquanto se encontrava com outro homem dentro da casa, ou quando deixava os filhos sozinhos em casa dizendo que ia trabalhar, quando na verdade ia se divertir? Como perdoar pais que sempre ocultaram a verdade, insistindo na mentira? Como perdoar um irmão que abusou sexualmente da irmã? Como perdoar uma mãe que demonstrava suas insatisfações através de gritos com seus filhos? Como perdoar um pai que batia constantemente na mãe na presença dos filhos? Como perdoar aqueles que roubaram a infância e inocência de muitas crianças? Como perdoar aqueles que te deixaram, te abandonaram?
Não é possível perdoar se o perdão for entendido como negação do fato, pois precisamos sentir a dor que ficou reprimida em nossa alma. Perdoar não significa aceitar, mas se permitir sentir e expressar toda a raiva e dor reprimida e encontrar caminhos saudáveis que possam transformar esses sentimentos em experiências.Ao nos tornarmos mais conscientes de nossas feridas, entre elas a gerada pelo abandono, podemos agir sobre aquilo que vivenciamos, aprendendo a respeitar nossos sentimentos mais profundos, assumindo a responsabilidade pelas mudanças que podemos nos permitir vivenciar no momento presente. Não se trata de regresso ao lar, porque muitas vezes esse lar nunca existiu. É a descoberta de um novo lar, o qual cada um de nós pode construir, sem mais se abandonar.


Tuesday, February 06, 2007

"Dracul and Mina "
“O amor é mais forte que a morte.” (Mina)

“Há muito a aprender com os animais.” (Drácula)

“Jonathan diz que o defeito dos ricos é dizerem tudo o que pensam.” (Mina)

“O homem mais feliz na Terra é aquele que encontra o amor verdadeiro.” (Drácula)

“You must excuse me, but I have already dined. And I never drink wine.” (Drácula)

Drácula de Bram Stoker; Francis Ford Coppola

O que é lealdade?

"Lealdade é ser sincero quanto a sua profunda verdade interior, a qual pode mudar enquanto a vida evoluir..."


Monday, February 05, 2007

"... ´Cause everybody has a poison heart..."

Dee Dee Ramone


Friday, February 02, 2007




Hush now, don't you cry
Wipe away the teardrop from your eye
You're lying safe in bed
It was all a bad dream
Spinning in your head
Your mind tricked you to feel the pain
Of someone close to you leaving the game of life
So here it is, another chance
Wide awake you face the day
Your dream is over... or has it just begun?

There's a place I like to hide
A doorway that I run through in the night
Relax child, you were there
But only didn't realize it and you were scared
It's a place where you will learn
To face your fears, retrace the years
And ride the whims of your mind
Commanding in another world
Suddenly you hear and see
This magic new dimension

I will be watching over you
I am gonna help you see it through
I will protect you in the night
I am smiling next to you, in Silent Lucidity


[Visualize your dream]
[Record it in the present tense]
[Put it into a permanent form]
[If you persist in your efforts]
[You can achieve dream control]
[Dream control]
[How's that then, better?]
[Hug me]

If you open your mind for me
You won't rely on open eyes to see
The walls you built within
Come tumbling down, and a new world will begin
Living twice at once you learn
You're safe from the pain in the dream domain
A soul set free to fly
A round trip journey in your head
Master of illusion, can you realize
Your dream's alive, you can be the guide but...

I will be watching over you
I am gonna help to see it through
I will protect you in the night
I am smiling next to you....

Silent Lucidity
Queensryche



Thursday, February 01, 2007




Ontem ao luar
Nos dois em plena solidão
Tu me perguntaste
O que era dor de uma paixão
Nada respondi
Calmo assim fiquei
Mas fitando azul do azul do céu
A lua azul e te mostrei
Mostrando a ti dos olhos meus correr senti
Uma nívea lágrima e assim te respondi
Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a lágrima nos olhos a sofrer

A dor da paixão não tem explicação
Como definir o que só sei sentir
É mistér sofrer para se saber
O que no peito o coração não quer dizer

Pergunto ao luar travesso e tão taful
De noite a chorar na onda toda azul
pergunto ao luar do mar a canção
Qual o mistério que há na dor de uma paixão

Se tu desejas saber o que é o amor
Sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe o monte a beira mar ao luar
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
Ouve o silêncio a falar da solidão
De um calado coração
A penar a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal a dor silente universal
E a dor maior que a dor de Deus

Se tu queres mais
Saber a fonte dos meus ais
Põe o ouvido na rósea flor do coração
Ouve a inquietação da melancória pulsação
Busca saber qual a razão
Porque ele vive assim tão triste a supirar
A palpitar em desesperação
Na queima de amar de um insensível coração
Que a ninguém dirá no peito ingrato em que ele está

Mas que ao sepulcro fatalmente o levará!!!!

Marisa Monte


Realizar sonhos e para poucos...

"Poucos aceitam o fardo da própria vitória; a maioria desiste dos sonhos quando eles se tornam possíveis."
O Diário de Um Mago



"... tattooed everything...

All the love gone bad
Turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll be...yeah...




Uh huh...uh huh...ooh...
I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star,
In somebody else's sky, but why
Why, why can't it be,

oh can't it beeeeeeeeeeeeee ohhhhhhhhhhhhhhhh
miiiiiiiiiiiineeeeeeeeeeeeee..."







Black - Eddie Vedder






















"...Era uma vez uma centopéia q sabia dançar excepcionalmente bem com suas cem perninhas.
Quando ela dançava, os outros animais da floresta se reuniam para vê-la e ficavam muito impressionados com sua arte. Só um bicho não gostava de ver a dança da centopéia: uma tartaruga.
Ela pensava: como posso conseguir fazer a centopéia parar de dançar? Não podia simplesmente dizer q a dança da centopéia não a agradava. E também não podia dizer que sabia dançar melhor que a centopéia, pois ninguém acreditaria...Então ela começou a bolar um plano diabólico...
A tartaruga pos-se então a escrever carta endereçada a centopéia:

"oh incomparável centopéia! sou devota admiradora de sua dança singular e
gostaria muito de saber como você faz para dançar. Você levanta primeiro sua perda
esquerda numero 28 e depois perna direita numero 59, ou começa a dançar erguendo a perna direita numero 26 e depois perna esquerda numero 49? espero ansiosa sua resposta.
cordiais saudações a tartaruga."

Quando a centopeia recebeu essa carta, refletiu pela primeira vez na sua vida sobre
o que fazia de fato quando dançava. que perna vinha primeiro? que perna vinha depois?
e seu pensamento sufocou sua imaginação, e ela não mais dançou!

Portanto deve ser muito importante se deixar levar..."

Trecho do "O mundo de Sofia"


(Trecho de "O Pequeno Príncipe" - de Saint-Exupéry)


Bom dia, disse ele.
—Bom dia, disseram as rosas.
— Quem sois ? perguntou o príncipe
— Somos rosas.
— Ah! exclamou o principezinho...
E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo.
E eis que haviam cinco mil, igualzinhas, num só jardim!
Depois refletiu ainda:
"Eu me julgava rico de uma flor sem igual,
e é apenas uma rosa comum que eu possuo...
Isso não faz de mim um príncipe muito grande...
" E, deitado na relva ele chorou.
Foi então que apareceu a raposa:
—Bom dia, disse a raposa.
— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho.
— Quem és tu? Tu és bem bonita...
— Sou uma raposa, disse a raposa.
— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste.
— Eu não posso brincar contigo, disse ela. Não me cativaram ainda
—Que quer dizer "cativar" ?
— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
— Criar laços ?
—Tu és ainda para mim um garoto igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se
tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim ÚNICO no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
E a raposa continuou:
— Minha vida é monótona. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
E depois, olha!
Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!
Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado.
O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti.
E eu amarei o barulho do vento no trigo...
— Por favor... cativa-me! - disse a raposa.
— Bem quisera, disse o principezinho. Mas tenho pouco tempo
e amigos a descobrir e coisas a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.
Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo pronto na lojas.
Mas como não existem lojas de amigos, eles não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-me !
— Que é preciso fazer ?
— É preciso ser paciente. Sentarás primeiro longe. Eu te olharei e tu não dirás nada.
A linguagem é fonte de mal-entendidos.
Mas cada dia sentarás mais perto... E virás sempre na mesma hora.
Se tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.
Às 4 horas, então, eu estarei inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade.
Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de
preparar o coração...
Assim, o principezinho cativou a raposa.
Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
— Ah! Eu vou chorar.
— A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não queria te fazer mal,
mas tu quiseste que eu te cativasse...
— Quis.
— Mas tu vais chorar !
— Vou.
—Então não sais lucrando nada!
—Eu lucro, por causa da cor do trigo.
—Vais rever as rosas e volta. Tu compreenderás que a tua é ÚNICA no mundo.
E ele disse às rosas:
— Vós não sois iguais à minha rosa, vós não sois nada.
— Ninguém vos cativou e nem cativastes ninguém.
—Sois como era a minha raposa, mas eu fiz dela um amigo.
—Agora ela é ÚNICA no mundo.
—Sois belas, mas vazias... A minha rosa sozinha é mais importante que vós todas.
—Foi dela que eu cuidei, ela é a minha rosa!
—Adeus, disse ele.
— Adeus, disse a raposa.
—Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
TU ÉS RESPONSÁVEL PELA ROSA...
— Sou responsável pela minha rosa...repetiu ele a fim de se lembrar...

"Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."























Um Conto De LughNassadh

Lyla sentou-se embaixo do grande carvalho no centro do pomar, enquanto as crianças chegavam e acalmavam-se. O verão ia alto, e nas fazendas vizinhas as colheitas já se haviam iniciado. Não como eram nos tempos antigos, e sem a mesma importância religiosa para os camponeses, mas ainda na mesma data.

Assim que todos se acomodaram, Layla começou a história do dia.

'Do topo da colina, bem próximo à escarpa, o Deus observava os campos. O Sol se punha no Oeste, e o vento Norte já soprava. Um veado se aproximou e parou ao lado do deus, como que o acompanhando na contemplação, silencioso.

"Vê como os campos estão todos verdes e cheios de vida? Amanhã é o dia da primeira colheita.", disse o deus ao veado.

O Deus pegou sua flauta e a levou à boca. A melodia era lenta, quase melancólica, mais como um acalanto, e logo se espalhou pelo vale lá em baixo. Outros animais se aproximaram e sentaram-se ao pé do deus para ouví-lo tocar.

A última nota se estendeu até que o fôlego do Deus se acabasse, e, nesse exato momento, o Sol desapareceu sob a linha do horizonte. Olhando para os campos pela última vez, o deus se virou.

"Vamos, meus amigos. É hora de me preparar para ser recebido amanhã." E todos desceram a colina.

Durante toda a noite haveria preparação para o ritual do dia seguinte, e era muito importante que tudo estivesse pronto na hora certa. Na vila, também os camponeses passariam a noite em preparação, descansando para o início das colheitas no dia seguinte.

E já próximo do amanhecer, homens e mulheres se concentraram nos campos e olharam para o Leste. Quando a primeira luz brilhou no horizonte, a sacerdotisa deu um passo à frente de todos e levantou os braços.

"Salve, grande deus sol. Estivemos esperando por tua presença até agora. Sê bem-vindo mais uma vez."

O grande astro surgiu, erguendo-se com calma por detrás da terra. O sacerdote pôs-se ao lado da sacerdotisa.

"Salve, grande deus sol. Mais uma vez, dou-lhe as boas vindas. Nós lhe prestamos reverência neste dia em que os campos estão verdes e prontos para serem ceifados. Nós lhe agradecemos e adoramos, pois é também a ti que ceifaremos. "

Devagar, a luz do Sol bateu nos rostos de cada um ali presente, e muitos sorriram, sabendo que o Sol havia consentido. Sacerdote e sacerdotisa disseram, juntos

"Que assim seja",

e caminharam até a plantação, onde a sacerdotisa, com a foice dourada, fez o primeiro corte.

E todos os outros camponeses empunharam suas próprias foices, e a primeira colheita havia começado.

O sol continuou a subir, e logo se pôs. E durante dias e dias continuaria a observar os campos desaparecendo, até que também sua força desaparecesse. E esse é o curso natural das coisas...

E assim seria.'

As crianças ouviam atentas.

'Essa é a história de como o deus sol cede suas forças para que os campos cresçam, e de como sua força diminua à medida em que as plantações são ceifadas. Ao fim das colheitas, tudo está estocado, e então o ano escurece e os povos do campo se recolhem.

Muitos de nossos irmãos chamam esta data de Lammas, e outros, ainda, de Lughnassadh. É o primeiro festival da colheita. Lugh, o deus do sol celta, envelhece justamente nessa época, e é honrado com oferendas, altares e festas.

A nosso modo, também honraremos o sol, assando pães e enfeitando nosso altares. Vamos agora à Casa Grande, estão todos nos esperando para o almoço.'

Como de costume, as crianças correram na frente, e Layla ficou para trás, sentada sob a copa do carvalho por mais algum tempo...