"Sing! My angel of music..."

Monday, March 19, 2007

CONTO DE MABON PARA AS CRIANÇAS



Lila Libélula acordou com pingos de chuva em seu nariz. A noite anterior havia sido extremamente quente
e a pequena libélula havia dormido com as janelas abertas. A manhã chegou chuvosa e, como resultado, Lila Libélula
acordou encharcada. Ela morava num grande jacarandá no meio de uma floresta imensa e muito bonita. Lila Libélula
era um inseto muito alegre. Adorava brincar. Naquela manhã havia combinado com sua melhor amiga,
a Bruna Borboleta, um passeio até a Grande Cachoeira que havia no meio da floresta. A chuva ia atrapalhar
o passeio e Lila Libélula acabou ficando de mau-humor. Levantou-se rápido de sua pequena cama de folhas
e pôs-se a passar cera de abelha em seu corpinho com muita má vontade. Sua mãe a D. Libélula,
percebendo a irritação da filha,perguntou:
-Lila, querida, você sempre acorda fazendo tanto barulho com as asinhas...o que aconteceu?
-Mãe, olhe a chuva...logo hoje que eu e Bruna Borboleta íamos até a cachoeira...agora vai ser um dia perdido.
Nem vou poder ir até o lago para brincar com os peixes. Estou irritada, irritadíssima!! A Mãe Natureza podia
ter deixado essa chuva para outro dia.
A mãe de Lila Libélula suspirou. Ela bem sabia o quanto a chuva era importante para a floresta. Sabia que da
água que caía, viria a sobrevivência das flores, das árvores e de toda a vida. Sentou-se calmamente na beirada
da caminha de folhas de Lila e perguntou docemente:
-Lila, você sabe em que estação do ano nós estamos?
Lila olhou para a sua mãe com uma cara de quem não estava entendendo nada,mas respondeu:
-Estamos no fim do verão mamãe, todo inseto sabe disso. O calor me fez dormir com as janelas abertas.
D. Libélula sorriu ao se lembrar do quanto era lindo o pôr-do-sol nos dias quentes de verão.
-Sim Lila, estamos no mês de março. É a entrada do outono, a estação das folhas que caem. O Deus já está partindo
e a Deusa já sabe que em breve seu filho nascerá novamente. É o ciclo natural das coisas, filha.
-A Deusa, mãe? Quem é a Deusa? - perguntou Lila Libélula começando a sentir uma pontinha de curiosidade naquela
historinha.
-A Deusa é Aquela que você chama de Mãe Natureza. Ela é quem criou tudo que você consegue ver aqui na floresta e
para além dela. Ela criou o céu, as estrelas, criou a mim e à você também.
Lila Libélula, cada vez mais curiosa, perguntou de novo:
-Ela criou a Bruna Borboleta também,mãe?
D. Libélula sorriu aquele sorriso que só as mães sabem dar.
-Sim querida. Ela criou a Bruna. A Deusa é a criadora e é ela quem dá vida à todas as coisas. São mistérios para você
agora. Mas você verá que a natureza possui cíclos que se repetem sem parar. Sempre será outono depois do verão e
depois dele será o inverno.
Lila ainda não estava satisfeita:
-Mãe e o que é que a chuva tem com a chegada do outono?
A mãe respondeu:
-Uma vez Lila, ouvi um ser humano cantar uma música que explica bem isso. Era mais ou menos assim: "são as águas
de março fechando o verão e a promessa de vida no seu coração". As chuvas vêm nessa época para lembrar a todos
que o outono está chegando e que é tempo de comemorar sua chegada. Veja, olhe aqui na janela. Veja como as plantas
todas estão satisfeitas com a chuva que cai. Elas dançam sem parar, movem-se no vento. Não é lindo?
Lila se aproximou da janela devagar,meio desconfiada. Foi chegando,chegando, um olhinho e depois outro. Quando viu
as plantas todas molhadas de chuva,dançando ao vento, com as gotas brilhando como pedras preciosas, não pôde deixar
de sorrir. A Mãe Natureza era maravilhosa. Tudo tão perfeito,numa sintonia invejável...
-Mamãe - disse Lila - podemos fazer uma festa para o outono?
- Lila Libélula,não me invente coisas agora. Uma festa para o outono, minha filha?
-Sim mamãe, uma festa. Com doces de flor de laranjeira, suco de cerejas silvestres e também bolos de jabuticaba. Ah, deixa
mãezinha , prometo não chamar muitas pessoas. Deixa por favor - Implorou Lila com as asinhas tremulando de excitação.
D. Libélula não teve outra escolha a não ser deixar que a filha fizesse uma pequena festa para comemorar a chegada do outono,
mas não antes de avisar que não queria muitas pessoas (a casa é pequena) e sem muitas confusões. D. Libélula sabia
que para confusões, Lila era campeã.
E assim Lila Libélula começou a maquinar em sua pequena cabecinha verde-musgo como seria uma festa para saudar o outono.

Quando a chuva cessou, Lila Libélula saiu para convidar seus amiguinhos para a tal celebração de outono. Se chamava MABON, sua
mãe havia lhe dito. Lila voava alegre, sempre maravilhada com as cores verdes e marrons que a floresta tinha. As folhas
caídas no chão e o cheiro de terra molhada eram o melhor perfume que Lila Libélula podia sentir.
A primeira parada foi na casa de Bruna Borboleta.
-Bruna, Bruuuuuuuuna....acorda borboleta dorminhoca!!!! Saia já daí, temos uma festa para fazer. Acoooooorda!!!!
Bruna Borboleta, era uma graciosa borboleta com asas azuladas e pretas. Era preguiçosa feito ela só! Vivia dormindo.
- Lila, que gritaria, logo agora que eu estava no meu melhor soninho... não dá pra ir na cachoeira, não vê que choveu?
Outro dia a gente vai lá, agora eu vou dormir mais um pouquinho, tá?
Lila perdeu a paciencia:
-Bruna temos uma festa de Mabon para fazer. Você vai me ajudar,oras. Afinal você é uma borboleta ou é uma lagarta?
A comparação fez com que Bruna saltasse de seu buraquinho na árvore e, ajeitando as asas, disse muito ofendida:
-Não sou lagarta há tempos, ouviu bem? Eu sou uma bor-bo-le-ta linda, simpática, maravilhosa e....
- Tá bom Bruna, deixe os elogios para depois. Você tem que me ajudar a convidar nossos amigos para a celebração
de Mabon.
Aí foi a vez de Bruna Borboleta fazer cara de que não estava entendendo:
-Mab-bon?? De onde você tirou essa idéia maluca Lila?
Lila Libélula fez cara de superior. Ajeitou as asinhas e disse com muita segurança e seriedade:
-Mabon, a celebração da chegada do outono. É a época das folhas caírem e da Deusa se despedir do Deus que vai partir e
que vai nascer de novo e que deixa tudo assim chuvoso e é final de março então chove. - Lila foi ficando sem ar...
Bruna continuava com cara de quem achava que a amiga estava realmente ficando com as antenas envelhecidas:
- Lila, Lila, acho que você bebeu seiva de carvalho demais. Aí você fica falando assim, sem sentido. Que pena amiga. Vamos
visitar a Doutora Aranha que...
- Ih, Bruna, não complica. eu estou bem até demais. Note esse cheiro de terra molhada, veja como as folhas estão caindo. Isso
é tão romantico não é mesmo??
-Bruna olhou para a carinha suspirante da amiga e caiu na gargalhada:
-Lila Libélula não venha me dizer que você está apaixonada? HAHAHAHAHAHAHAHH!!
Lila suspirou e, balançando as asinhas, disse:
- Bruna, quanta confusão você faz. Venha comigo, eu vou te explicar tudo no caminho. Depressa pois temos pouco tempo.
As duas amigas puseram-se a voar pela floresta que, àquela hora deixava os raios de sol entrarem por entre
as mais altas árvores..
A primeira parada das duas jovens amigas foi na casa do Grilo Palilo.
Lila e Bruna adoravam a companhia de Palilo. Ele era um grilo já adulto,mas gostava muito de brincar e fazer travessuras.
Era louquinho pelos bolos de jabuticaba que D. Libélula, mãe de Lila, fazia. Comia tanto que acabava passando mal. Naquele
dia, Palilo estava muito concentrado tentando encontrar novos sons para fazer com suas patinhas. Estava cansado daqueles
"cri-cris" queria alguma coisa mais moderna, diferente mesmo. Era um grilo muito bem formado, com o corpinho verde vibrante
e antenas com pequenos pontos marrons, uma beleza de se ver. Lila e Bruna se aproximaram sem fazer nenhum ruído.
Quando estavam bem atrás do simpatico grilinho, ambas gritaram ao mesmo tempo:
-Grilo Palilo, cabeça de esquilo!!!
O grilo, com o susto que levara, deu um salto e acabou batendo com a cabeça na parede da árvore onde morava. Com a
pancanda, seus "cri-cris" acabaram se tornado "cré-crés'.
-Eureca! Esse som é novo, novíssimo! Serei o mais moderno grilo da floresta com esse som apurado e totalmente novo.
Apesar do susto, meninas, vocês me ajudaram. Muito obrigado! Mas, o que vieram as duas fazer em minha humilde casa?
Lila, balançando as belas asinhas, explicou:
-Viemos convidar você, Palilo, para a nossa festa de Mabon, que vai se realizar hoje ao entardecer lá na minha casa.
Palilo, esticou suas antenas, todo interessado:
-Festa? com bolo de jabuticaba? Contem comigo. Digam ao Mabon que eu levarei um belo presente para ele. Um concerto
feito especialmente para o aniversariante.
Lila e Bruna quase caíram de tanto rir. Imaginem só, pensar que Mabon era um inseto!
-Palilo, Mabon não é um inseto. É a celebração da chegada do Outono. - Disse Lila rindo muito.
O grilo, que não gostava de se sentir inferior, fez apenas um comentário:
-Eu sabia disso, apenas queria ver se vocês também sabiam. Mas, vamos falar de coisas importantes. Lila, sua mãezinha
vai fazer os bolos não vai,meu bem?
- Sim Palilo, ela vai sim. Mas não vá comer tudo senão você acaba ficando doente...-Avisou Bruna Borboleta
-Não se preocupem. Tenho um estômago digno dos mais famosos grilos desse mundo. Podem contar comigo!
Lila pediu então ao grilo que convidasse alguns insetos da floresta e se despediu dele avisando que não se atrasasse muito
porque senão perderia o melhor da festa: os bolos de jabuticaba!!

Lila e Bruna saíram a passear pelo bosque sem se preocupar com a hora. Já haviam convidado todos os insetos que desejavam
e agora estavam com o tempo livre para brincar à vontade.
Estavam as duas conversando à sombra de um velho salgueiro quando ouviram um ruído de apavorar. Bruna e Lila levantaram
as asinhas e ficaram bem quietas ouvindo aquele som horrível.
-Lila, o que foi isso? - Bruna já fazia carinha de choro
-Calma Bruna. Não há de ser nada...espero - Lila também não estava muito segura. - Vamos ver o que é?
Bruna balançou as asas sobre Lila com cara de espanto:
-Você está doida? Imagine se é um besouro ou um predador qualquer! Estaremos em apuros. Eu vou ficar aqui bem quieta.
Lila, tomando coragem,puxou bruna pelas mãos e disse:
-Vamos lá, pode ser alguém precisando de ajuda, vamos logo!
E lá se foram as duas bem devagarinho. Patinha por patinha, foram se aproximando de uma pequena fenda num arbusto
velho, já quase apodrecendo. Mas, quem iria olhar lá dentro?
- Bruna, olhe lá e me conte o que tem dentro
- Eu não, nem pensar. Você teve a idéia, vá você. - Bruna não estava com a mínima coragem naquela hora.
Lila, vagarosamente foi se aproximando, aproximando até que colocou os olhinhos na fenda. Estava tudo escuro.
Quando ela esticou a patinha para tocar a escuridão, o rugido começou de novo e Lila teve que se segurar na madeira
para não cair. Bruna já havia se escondido entre as pétalas de margaridas ali perto.
-Lila, cuidado minha amiga! Vamos embora... - Bruna já estava ficando nervosa de verdade
Lila, voltou a se aproximar do buraco, agora mais cautelosa. Esticou uma antena, depois outra. Seu instinto lhe
avisava que havia alguém ali precisando de ajuda. Mas estava tão escuro... Decidiu gritar:
-Ei, tem algúem aí?? Alô? Tem alguém aíííííí?
Um ruído rouco e arrepiante respondeu:
-Sim, me ajude, acho que torci minha patinha. Me ajude!!
A voz era tão feia que Lila quase desistiu. Mas, lembrando-se do que sua mãe disse sobre "sermos todos filhos da Deusa"
juntou coragem mais uma vez e respondeu:
-Quem é você? Eu vou te ajudar, prometo que vou.
-Sou o Besouro Noturno, por favor me ajude. Se eu ficar aqui vou morrerrrr!!! - O ruído rouco era quase insuportável
Lila se apavorou. O Besouro Noturno era o pior predador daquela floresta. Se alimentava de borboletas, lagartas...e libélulas.
Bruna já nem esperou mais. Saiu voando tremendo de medo para mais longe e gritava:
-Lila, saia já daí, ele vai te pegar!!!
A pequena libélula saiu voando de medo. Mas no meio do caminho, voltou e disse à Bruna:
-Eu vou ajudá-lo. Ele não pode morrer assim. Me ajude Bruna!
Bruna pensou e pensou. No seu coraçãozinho sabia que Lila tinha razão. Por isso resolveu ajudá-la. As duas então cortaram
pedaços de cipó e os trançaram. Depois, Lila jogou o cipó dentro da fenda do arbusto e pediu que o Besouro Noturno se segurasse
da melhor maneira que fosse possível. Assim, depois de muita força, tiraram o inseto e o deitaram numa folha seca no chão.
O Besouro estava muito fraquinho. Bruna foi buscar água na fonte, que o Besouro tomou com vontade. Por sorte, sua pata não estava
machucada, apenas havia sido um arranhão. Quando se sentiu melhor, o Besouro agradeceu:
-Minhas meninas, não sei como agradecer. Não podia imaginar que vocês fosse tão boas. Sei que sou um predador e que muitos
insetos me deixariam ali, largado à própria sorte.
Bruna, muito espevitada, logo perguntou:
-Por que se alimenta de nós, então? Nós salvamos você e ainda assim você nos caça sem dó.
O Besouro suspirou e deu um meio sorriso:
-Minha cara borboleta, a Natureza é sábia. O equilíbrio ecológico precisa ser mantido. É por isso que existem os predadores e as
presas. Você já imaginou o que seria da floresta se esse equilíbrio fosse alterado? Haveria muitas borboletas e acabaria faltando
alimento para todas. E se não houvessem borboletas? Quantos besouros morreriam de fome? A Mãe Natureza é quem criou
esse ciclo para que todas as coisas vivas pudessem ter a sua vida garantida. Isso implica, é claro, no sacrifício de alguns para o bem
de toda a espécie.
Lila, encantada com a explicação do Besouro, o convidou para a festa de Mabon. O Besouro Noturno aceitou na hora e prometeu
se comportar. Assim, quase como amigos, os três se despediram e foram cada um para o seu lado.
E a festa de Mabon começara. Quase todos os insetos da floresta estavam presentes. Lila e Bruna estavam radiantes. As jovens haviam
trabalhado muito na decoração (feita de folhas secas e teias de aranha novinhas). D. Libélula havia feito muitos doces e bolos
de jabuticaba (para a alegria do Grilo Palilo). Joaninhas corriam entre as mesas de flores e até mesmo a orquestra de beija-flores havia
comparecido. Todos dançavam e brincavam prá valer.
Tudo ia bem até que um zumbido se fez ouvir ao longe. A orquestra de beija-flores parou de tocar subitamente. Todos conheciam aquele
temido som. Era o Besouro Noturno. Grilo Palilo, já com a voz meio enrolada de tanto néctar, gritou:
- O Besouro Noturno!! Salve-se quem puder!!
Todos saíram a correr para procurar um lugar seguro. Só Lila e Bruna sabiam o porquê da presença do Besouro ali e tentavam,
em vão, acalmar os presentes sem resultado. O Besouro veio vindo com seu corpo grande,preto e pesadão até que pousou bem em frente
à porta da casa de Lila Libélula. Esta, sem nenhum medo, se aproximou do Besouro Noturno e lhe ofereceu uma tacinha de néctar. O Besouro,
todo sem graça, aceitou com o que se pode chamar de sorriso. Mas viu que a casa de Lila estava vazia e perguntou:
-Onde estão todos? Não vieram para a sua festinha amiga libélula
Lila, sem saber como dizer que o responsável pela saída de todos era o próprio besouro, falou:
-Logo todos estarão aqui senhor Besouro, pode ficar tranqüilo.
O Besouro, já mais animado, avisou:
-Tomara que todos venham mesmo. Quero fazer um brinde à você e à Bruna Borboleta. Vocês salvaram minha vida hoje e quero
que todos saibam disso. Eu sou muito grato à vocês duas.
Ouvindo isso, Grilo Palilo e Dona Libélula, saíram de seu esconderijo e perguntaram:
-É verdade isso Lila? Você e Bruna salvaram o Besouro?
-Sim mamãe. - disse Lila - Ele estava caído numa fenda de um arbusto e nós o tiramos de lá. Sabia mamãe, que ele nos
explicou porque é chamado de "predador"? É a Mãe Natureza a responsável por isso. Ela criou os predadores e as presas
para que o equilíbrio ecológico fosse mantido. O Besouro Noturno não é mal, apenas cumpre sua parte na grande Teia que une
todos nós seres vivos.
Com essa explicação, todos os insetos que estavam escondidos reapareceram meio ressabiados. Até que uma joaninha colocou a patinha
em cima do Besouro. Ele se virou de repente e esticou suas longas patas para assombro geral de todos. Mas ele não atacou a joaninha. Apenas
a colocou sobre suas asas e voou com ela pela sala afora, como se fosse um grande balanço. No final, todas as joaninhas queriam brincar também
e o Besouro, sentindo-se muito feliz em poder compartilhar daquela alegria. Brincou a noite inteira. A festa foi até de manhãzinha, com muitos doces
e muita música...Lila e Bruna, muito bonitas com seus vestidos de pétalas de rosa, se abraçaram felizes e satisfeitas.


O pôr-do-sol estava lindo naquela tarde. Bruna Borboleta, Lila Libélula e o Besouro Noturno observavam aquele entardecer encantados com o que viam.
Desde a festa de Mabon, eles haviam se tornado amigos, apesar da participação de cada um na cadeia alimentar, as diferenças entre eles praticamente
não existiam. Eram todos filhos da Deusa, da Grande Mãe que os criou e que os receberia ao fim de seus dias. Mabon, significou para eles exatamente isso:
A preparação para uma nova vida que viria na primavera. E os três esperariam pela nova Celebração com ansiedade,pois sabiam que haviam recebido
da Mãe um grande presente: o segredo da verdadeira amizade


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