"Sing! My angel of music..."

Wednesday, November 08, 2006

Novembro mês do Escorpião.........

Caso você não tenha reparado, estamos em Escorpião. É mais ou menos nesta época que - como poderia apresentar de forma delicada - tudo começa a nos encher o saco! Julgando pelos emails que recebi semana passada, pelo menos alguns de vocês estão sentindo isto. Chefes grosseiros, esposas insensíveis, pais desrespeitosos. todo mundo está tentando nos chatear.Será que estão mesmo? Este é o engano.
Ninguém quer nos chatear. Simplesmente somos um pouco auto-obcecados demais. Nossas inseguranças estão nos vencendo. A verdade é que, a maior parte do tempo a questão não tem nada a ver conosco, e sim com a dor da outra pessoa. Estamos nos esquecendo que há uma história por trás das reações das pessoas. Sempre tem uma história.Esta semana, quando estiver obcecado com o quanto alguém é terrível, devemos nos lembrar que o ofensor também sente dor - e que provavelmente ela é maior que a nossa.
E é aí que entra em cena nossa velha amiga "dignidade humana".
Conto uma história no meu livro para adolescentes, Life Rules que fala desta idéia. Quando eu estava no colégio secundário no Queens, tinha um garoto na minha turma que constantemente copiava as respostas das minhas provas. Isto me irritava muito. Eu sentia que ele estava se aproveitando de mim. Ele era um desses garotos populares, e enquanto eu estava em casa estudando, ele estava se divertindo. Por fim, não pude agüentar mais. Um dia na aula explodi com ele: "Pare de copiar de mim! Pare de tirar tudo de mim!"
Ele ficou chocado, como seria natural,- assim como o resto da turma, sem falar no professor. Foi um dos momentos mais embaraçosos da minha vida, mas foi também uma das minhas maiores lições.A verdade, como terminei por descobrir, é que ele não passava as noites na farra. De fato, o avô dele estava muito doente, e a família o tinha trazido para sua casa para morrer. O garoto passava a maior parte do seu tempo depois da escola cuidando do avô. Encontrar tempo para estudar simplesmente não era uma prioridade. Não estou dizendo que era certo ele copiar, mas se eu tivesse conversado com ele - com dignidade humana - poderia ter encontrado formas de ajudar.
E ao ajudar, mais Luz ainda estaria disponível para mim. Lembre-se, a maior parte das vezes quando nos sentimos atacados, julgados, ou na situação de vítimas, a questão não somos nós. Existe mais do que os olhos podem enxergar.

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